E quem disse que uma certidão de nascimento não pode ajudar a realizar o sonho de quase toda mulher, de casar, constituir família e ter a casa própria?

Para Ângela Maria Teles, de 45 anos, que vive em situação de rua na orla de Icoaraci, distrito de Belém, o documento significa mais que cidadania – é a possibilidade real de uma vida a dois, de contrair matrimônio com o homem de sua vida e iniciar a experiência que nunca teve, de ter uma família.

Ao receber nesta quarta-feira, 16, das mãos da defensora Anelyse Freitas, do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos (NDDH), da Defensoria Pública do Pará, a primeira certidão de registro civil no Cartório do 2º Ofício de Belém, Ângela declarou que o documento vai ajudá-la a casar com Marinaldo Damasceno 16122015_certidaomoradoresderua_2.JPGFerreira dos Santos, de 46 anos, também morador de rua e artesão, a obter outros documentos como carteira de identidade e CPF, além de batalhar pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e tentar adquirir, com esse dinheirinho, um teto para ser o lar doce lar do casal. Leia mais.